Putz, Deus, te Entendo Viu, Cara?

Vida de escritor é dura.
Motivado por uma crise-existencial-doida após assistir S1mOne cheguei a uma conclusão: malditos personagens. Só ferram a vida de seus criadores.

Podem até trazer fama e fortuna, mas aí é que está o busílis.
Muitos personagens podem ser interpretados como uma extensão de desejos de seus criadores, sublimando vontades ocultas deles, eu acho... Imagina a senhora Agatha Christie! O que se passava por aquela mente doentia??

Nossas criações literárias servem para expor sentimentos que não temos coragem de mostrar. Chato é quando ninguém entende a porcaria que você queria falar e vai fazer análise! Tenho certeza que algum escritor apaixonado qualquer deve ter pensado: "Foda-se o simbolismo do drama existencial do protagonista! EU TE AMO, CDF DO CARALHO!"

Os escritores gostam de utilizar seus personagens para ser seu canal de comunicação com o mundo, mas a porcaria dos malditos personagens são chegados em ficar mais fortes que seus criadores. Volta o problema da análise. Já ouviram falar da história do cara que bombou em uma prova sobre a obra dele?

Sir Conan Doyle tentou matar Sherlock Holmes. O féla se recusou a ficar no túmulo, seus leitores exigiram sua volta. E o desgraçado voltou. E como eu disse, a porcaria do personagem ficou maior que o autor. Quer ver? Imaginem o Sherlock aí. Qual imagem surgiu? Rapidinho, né? Agora imaginem o Senhor Doyle. Huuum... Difícil, hem?

A gente acha que brinca de Deus criando personagens por aí, mas os desgraçados estão é nos ludibriando para saírem de nossas mentes fervilhantes e ganharem o mundo, os personagens, aqueles desgraçados.

São todos um bando de filhos da puta. Ham... Considerando o fato de que nós, escritores, os concebemos... Acho todos os os escritores fazem jus a seus personagens e são umas putas velhas.

Este é um texto escrito na madrugada. Ou seja, ele é remelento e tem gosto de cabo de guarda -chuva. Mas tem o charme da insônia.